Delegado está entre presos de operação da Corregedoria da Polícia Civil em Boa Esperança, MG

Cinco policiais são suspeitos de envolvimento em crimes de desmanche de carros e recebimento de propina.



Cinco policiais de Boa Esperança (MG) foram presos nesta quarta-feira (20) durante uma operação da Corregedoria da Polícia Civil. Entre os presos, está o delegado Cristiano Severo. Eles são suspeitos de envolvimento em crimes de desmanche de carros e recebimento de propina. As denúncias foram feitas por empresários presos em outra operação.

Além do delegado, também foram presos investigadores e escrivães. Documentos também foram apreendidos pela Corregedoria na delegacia da Polícia Civil. Ao todo, além dos mandados de prisão, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão.

O delegado Cristiano Severo foi preso de forma preventiva. A Corregedoria investiga se ele também está envolvido no esquema. A denúncia partiu de presos durante a "Operação Desmonte", deflagrada em julho deste ano. Na época, um empresário foi acusado pela polícia de usar um pátio credenciado pelo Detran para lavar dinheiro. Ele ficou 49 dias preso e depois procurou a Corregedoria.

"Os carros que foram liberados, sem poder liberar, os carros adulterados, só chegava as liberações para mim e eu liberava os carros, os acertos eram feitos aqui, com os próprios delegados, e só chegava a liberação pra mim", disse o empresário Gledston Silva.

Outras pessoas que foram presas durante a operação também dizem que foram vítimas de extorsão de policiais.

"Eu sofri um pedido de extorsão, a respeito de um carro que eu vendi de origem lícita e diante da corretidão [Sic] dos fatos, que eu provei que era lícito, eu sofri essa extorsão", disse o empresário Walter Chersoni.

A defesa do delegado preso nega as acusações. "Ele diz que está absolutamente tranquilo, que não tem nada a dever, espera que essa investigação termine o mais rápido possível, tem certeza da lisura dos seus atos como pessoa e também como funcionário público", disse o advogado Rodrigo Martins Ribeiro.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, os policiais investigados devem ficar presos na Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte (MG).

Fonte: G1 Sul de Minas